domingo, 18 de novembro de 2012

PRA VALER

(uma das minhas primeiras músicas)

O que não se espera acontece
e às vezes a gente esquece de pensar
no quanto vale

Sempre se tem muito à perder
não vá esperar que a vida se cale pra saber
que o que vale é quando há incerteza, há incerteza

Qual o problema em fazer o certo?
só pq o errado está tão perto
não quer dizer que é o que se tem fazer
Não é querer ditar as regras
Algum dia se verá:
Tudo pra valer, tudo tem que ser
Por amor, por amor, por amor

Se for pra valer, tudo tem que ser por amor

domingo, 4 de novembro de 2012

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O que procuro

Algo do que aprendi com Marco Fukuda, Ray Lima e Fá Babini.

Marco e meu pai me disseram
cada planta é um milagre
a raiz vai lá no fundo
a folha enverdece, a vida se abre

Hoje eu abri a janela!
Abri um sorriso no peito
Olhei para o céu que brilha
Pulei fora do medo

Eu não quero um quase-amor
– sabor pequeno do veneno
Posso ser grande como um grão de areia
e imenso como o mar,
que cabe num grão de areia!

Eu posso ouvir seu canto
na folha da cajarana
na luz da nuvem, na sombra do sol
em mi, no fruto, no vento

O que procuro
O que procuro
não tão simples como querer
um pouco além deste momento
Sincronicidade
Sincroninterior:
_como aprender a respirar mergulhado
na maré confusa dos cabelos de Fá

Jadiel Lima, hoje de manhã.

domingo, 7 de outubro de 2012

Tangerique para Fá

Lá no sino como sina
com sabor de tangerina
em formato de menina
toca sempre uma canção
dá um beijim no coração
e depois sai a nadar o mundo... traquina...

Jadiel Lima

__________________
http://educarparacrescer.abril.com.br/limerique/

domingo, 30 de setembro de 2012

Noites Laranjas

Outra música, antiguinha, mas fiz o clipe recentemente.


Gravei!

Gravei "Ganas de amor"! Através da Roda de Compositores, atividade promovida pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFC, eu e mais vários compositores pudemos gravar nossas faixas, ao todo dez.
Aqui o link do Soundcloud, onde estão hospedadas as músicas, e aqui a minha
Jadiel Lima - Ganas de Amor

domingo, 16 de setembro de 2012

TANGERINA

Desde a infância, tangerina
sempre me lembrou alguma menina
que morasse entre Teresina
e Santa Catarina
que fosse assim cor-de-laranja
e quem a visse pensasse
qualquer coisa que não fosse malina

Essa menina eu já encontrei
e me apresento:
_Prazer, tangerina,
eu sou laranja lima

Jadiel Lima, hoje de madrugada.
_______________
Agora que lembrei da música dos Led:
"Tangerine, Tangerine
Living reflection from a dream
I was her love, she was my queen
And now a thousand years between"



FÁ É A NOTA MAIS FELIZ


Quando Fá está triste
o mundo inteiro, com Dó
se enche de alegria
pra vê-la feliz também

Fá sorri
O mundo mais ainda
‘Sa moça traz alegria
 pra cada canto que vai!

Carrega em Si o calor morno
o afago das manhãs
quando o Sol não arde a pele
e acaricia o nosso rosto

Musa do Ré nascimento
Fá transluz de tanta ternura
corando na pintura florida
 sua quentura amorniosa

Fá sozinha já és canção
E ao te escutar ficarei tranquilo
Pois estando aqui ou Lá
estarás perto de Mi
na melodia mais feliz
saberei te encontrar

Jadiel Lima, desde a madrugada de 4 de setembro de 2012.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Conversar sozinho publicamente

_Conversar sozinho publicamente
_sim, sim, a melhor coisa
_ainda bem que eu num faço isso
_nem eu
_você acredita em merecimento? pois digo que nada vai acontecer se você não for buscar.
_você leu ali? não somos os únicos
_caraca, doido, é mesmo.
_é mesmo, ó
_noss você também
_É, não somos. Merecimento, como me disseram, é questão de opinião. Mas o dito "merecer" só acontece por pensamento, vontade e ação dos outros ou de si mesmo.
_Com quantos "eus",outro, você conversa?
_Com quantos?
_...Foi-se...
_Sozinho, sozinho, a melhor coisa...
_A melhor? A única!
_clap clap clap clap clap

Jadiel Lima e Raul Honorato*

*Raul Honorato é músico, compositor e estudante do Curso de Música, na UFC.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

A canção da madrugada

Antes de ir pro hospício
Eu não imaginava
o quando ensina
o quanto é bela
a canção da madrugada

O silêncio navegamos
ouvimos melhor o coração
e cada sussurro, cada estalo
vai compondo essa canção

Escutamos os sons dos sonhos
o ronco e os grilos que cantam
lá fora

lá fora
o vento e os pingos batem
nas folhas secas do chão

Algum pássaro vem rondar as telhas
E vemos que tudo fica leve no ar
Em sincronia...

É belo como tudo se deita, se acalenta
esperando o amanhecer
e na memória ainda fresca e serena
as lembranças boas da tarde

De melodias a atmosfera se pinta
na canção da madrugada
Em sincronia...

Jadiel Lima, madrugada até a tarde de 4 de setembro de 2012, Maranguape-CE

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Um presente

Vídeo que guarda belos momentos de uma vivência no Ocupa Nise, incluindo a fala do Vitor Pordeus e um dos maiores presentes que já ganhei na vida: a amorosa Priscila desconstrói a lógica de um poema que era pra ser ilógico e ainda me dá uma cantada de sobra! Obrigado à preciosíssima Priscila, pelo aprendizado, pelo afeto incondicionalíssimo, pelo amor que é recíproco sim, senhora! Agradeço também ao George Araujo por ter me passado esse material!



domingo, 12 de agosto de 2012

Sem culto à culpa Ocupa Nise

Sobre a experiência no II Congresso da Universidade Popular de Arte e Ciência. - do que vivi, do que aprendi e do que me contaram.


(Espetáculo Cenopoético do Ocupa Nise no V ENEPS, em 31 de julho, na concha acústica da UERJ)

Durante 21 dias, e alguns mais, o Ocupa Nise reuniu artistas, cientistas, curadores, cidadãos e alguns bichos transeuntes – enfim, loucos para saudar a expressividade e a própria Loucura, homenageando e aprendendo com os ensinamentos de Spinoza, Nise da Silveira, Nelson Vaz, Amir Haddad e outras(os) educadoras(es) da cultura e da arte popular.

Internos em um plasma às vezes leve, às vezes denso, experimentamos o prazer de nos surpreender a cada momento, por cada momento de sensibilidade que nos embelezava. Neste clima, o hospital psiquiátrico Dom Pedro II – no bairro de Engenho de Dentro (pra fora), Rio de Janeiro – recebeu experiências e relatos vindos de todos os cantos, práticas corporais, plásticas, sonoras e espirituais, momentos de cuidado e de cura.

Não haveria como sair de lá intacto, sem toques, sem ranhuras, sem se cortar, sem provocações internas ou à flor dos tatos. Avisava Ray Lima: “Estamos mexendo em cacho de marimbondo”. Assim, as manifestações foram aparecendo, como um enxame ou a maré que vem enchendo até transbordar.

No início, de mansinho, alguns calados, alguns já com empolgação, os protagonistas do espetáculo-terapia-festa-novela começaram a contar quem são, de onde vieram, as marcas do cotidiano e de um outro mundo – mágico, surreal, que os rodeia e que se faz presente, mareando aquele local. São os atores-personagens principais sem nem estrelar numa megaprodução fantástica de Hollywood ou numa falsa realidade como a do Big Brother. Não precisam. Eles são as estrelas de suas próprias vidas. De suas luzes traduzem, como singelas e grandiosas oferendas, as poesias, composições, cantorias, danças, pinturas, o humor, o amor. Vão modificando suas caricaturas, desconstruindo e reconstruindo o espaço e as energias como artesãos. Grandes Arquitetos do Universo, Gadú! O imenso mar que nos apresentaram, esses mergulhadores, nadadores e pescadores geniais, mareia agora nossas vidas!

(Poeta, cantor e ator Gadú segurando a bandeira brasileira em cortejo pelas ruas de Engenho de Dentro - Rio de Janeiro. Foto: Júnio Santos)

Nós fomos pra chuva! E dançamos para ela, que nos banhou, amoleceu os recantos ainda rígidos do nosso corpo, da nossa mente; lavando a sujeira acumulada de anos: lixo orgânico, lixo industrial, lixo hospitalar, lixo nuclear, lixo visual, lixo sonoro, lixo intraorgânico, lixo mental – dos quais ainda não nos livramos, também porque é uma terapia, uma luta pra ser travada um dia após o outro.

A cura é árdua e às vezes dolorosa. Ficar abstinente do individualismo, das mentiras do conformismo me deixou com o ego, a alma e as carnes à mostra. Cada apelo por carinho e cuidado, cada palavra sincera, cada olhar vai nos perfurando, extraindo, gota por gota, o veneno que nos seca. Vamos religando nossa sensibilidade.

Agora olhamos as pessoas na rua e enxergamos todas as suas loucuras, no grau em que as mostram conscientemente ou não. Chegamos a uma malha onde não mais impera o objetivo fajuto, cerceado pelo subliminar malicioso e triste.

Desatamos nós por nós, até que nossa rede livre fez encontrar em nossa arte, em nosso teatro, em nossa vida, o objetivo e o subjetivo. E é tão bonito quando entendemos também a subjetividade, quando tornamos claras as nossas linguagens.

(O arte-cientista Vitor Pordeus e o poeta João Roque desatam nós em vivência no Hotel da Loucura)

Não precisamos mais estar certos. O campo que escolhemos adentrar, porque muito novo e inovador, é recheado de incertezas. A nossa clareza tem de ser livre da certeza cartesiana recriminadora, opressora, anti-diversificadora. No mundo certinho, é esta a certeza que domina: às vezes rígida como uma parede de aço; às vezes flexibilíssima, como quando se pode vender e comprar a verdade.

Ter clareza não é ter certeza. É a partir da incerteza, da dúvida, que construímos a coragem e o compromisso plenos, a disposição de lidar com a obscuridade e os devaneios. Precisamos então ter clareza do que queremos, do que compreendemos e do que ainda não, de quando entrar ou do que fazer quando entrar ou se não entrar em cena, das nossas escolhas.

Muito inquietante o que está se construindo, não? Mas não podemos nos aperrear. Como Vitor Pordeus me alerta: “Não é pra enlouquecer”, não pela ansiedade e pelo escândalo. Nosso grito não é grito de guerra. Não queiramos travar uma nova guerra. Muitos dos que estão afora esperam por isso, se preparando para vender mais armas no seu podre mercado.

Sem gritos, pra poder ouvir todo mundo e atrair quem se diz estar externo. Ou se gritarmos, que nosso grito seja como um murmúrio, um afago!:
“Escuta, escuta
O outro, a outra já vem
Escuta, acolhe
Cuidar do outro faz bem”.
(Ray Lima)

(Priscila lê um poema no Hotel da Loucura)

Por passar momentos tão intensos de transformação, de criação, de filosofia-ação, de místicas que não conhecia, não me sinto reabilitado. Pois a questão não é estar apto para se integrar novamente e ser aceitado no “mundo dos normais” – o mundo capitalista, que faz com que arregalemos nossos olhos para um cardápio de espantos, que desvenda os mistérios, a profundeza e os segredos das coisas, dos sentimentos, até nos tornarmos contempladores estáticos, consumidores manipulados e manipuladores, encarcerados e torturadores.

A terapia ocupacional que começa a se desenvolver não tem relação com a simples reabilitação. Ela dialoga com a construção de outro sentido para o mundo, ou mesmo outro universo: é a medicina/ciência/modo de vida que permitir que cada um descubra e transforme suas realidades, suas essências e se comunique, sem preconceitos, com as do outro. É a revolução que cada um se propõe a fazer em si e que constrói, a partir da expressividade dessa mudança, a revolução coletiva.

A luta que aqui se trava não se firma em enfrentar inimigos, não se contenta em buscar as culpas e as desculpas. “Desculpa cú”, como me diz uma amiga. A luta está em não haver culpa nenhuma e sim em que eu mesmo tenho um problema pra resolver, um compromisso para cumprir, caminhos inteiros a seguir, milhares de escolhas a fazer. E tudo isso em uma vida apenas. E uma vida que não acaba.


Que sejamos mais livres e que descubramos onde em nós essa liberdade ainda não foi conquistada, buscando aprendê-la logo em seguida. Que mergulhemos fundo no oceano que nos foi apresentado e no qual muitos já viviam. Que subamos um pouco à superfície, quando precisarmos respirar, olhar pro céu e mergulhemos de novo. Que estejamos dispostos, mesmo que nunca prontos, a receber, se comunicar e respeitar o outro, quem quer que seja, de maneira incondicional. Que sejamos incondicionalíssimos.
Gratidão a todos, por tudo!

“Nós podemos ir até onde nós quisermos” – Judith (entidade Naná, Rei Reginaldo e gerente do Hotel da Loucura).
(Dona Judith, Naná ou Reginaldo, nosso grande mestre da malangragem, sinceridade e loucura)

Jadiel Lima. Maranguape, 12 de Agosto de 2012.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Não te preocupes, eu tô bem

Jadiel Lima À Luciana Yumi Yara

Numa rua vazia
E aqueles demais clichês
Relembrando os meus erros e os berros
Que eu juntei pra te encher

Ignorância frui
Como hormônios na pele
Minha arrogância frui
Como hormônios na pele

Mas sem nada no bolso
Onde é, onde é, onde é
Que eu vou chegar?
Mas sem ter o teu rosto próximo ao meu...

Não te preocupes
Pois naquela vez a tua mão
Tocou a minha mão
Senti a tua Luz-ciana,
Somos um ou sou mais um?
Mas se toda sereia canta só...

Eu toco flauta e violão, dá pra acompanhar

Se eu não sou teu amor
Ou se é pra eu te amar devagarinho
Não fiques muito à frente no caminho
Que eu tô de bicicleta

Breve eu parti
E guardar o teu abraço pro final
E deixar a minha Luz-ciana,
Você tá...

Tão longe.

sábado, 14 de julho de 2012

No Congresso da Saúde Mental, pela Universidade Popuar de Arte e Cultura (UPAC), aqui no Rio, a energia e o afeto incondicionalíssimo vêm tomando conta da rotina de anti-rotina no Hotel da Loucura. No primeiro dia tivemos uma recepção calorosa, mesmo entre as arrumações e pinturas dos quartos. A fiosofia niseniana está muito presente.

Vimos conhecendo pessoas maravilhosas, tanto entre os que moram aqui quanto entre os loucos que chegaram dos outros lugares. Tudo esta prometendo ser uma grande acao revolucionária, porém como esse negócio de promessa já é meio furado, prefiro dizer: Já esta sendo uma transformação fantástica interior pessoal, interior de relação com o outro e pelos espaços por afora nesse mundo.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Uma musiquinha nova

Um ser humano incomoda muita gente
Sete bilhões de seres humanos incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam...

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Ganas de amor

Ganas de amor

Posso não saber onde está
a chave que dizem que guarda o teu coração
mas eu vou nas águas turvas, nos caminhos tortos
que eles me carreguem pro mais perto que puder chegar

Posso não saber como te levar
pelo rio de águas leves, leve o teu cantar
rio que tu conheces teu caminho és maga és fada linda
mas cuidado, mina, eu sou perigo eu sou do mar

Posso não saber se vou encontrar
teus prazeres um suspiro, ganas de amor
mas se a vida é mesmo bela vou procurando a minha
mina linda, tô querendo entrar na tua dança
mina linda, leva eu junto nessa tua dança 

Deixa ver, deixa ver em que segredo tão sutil mergulha o teu olhar
verde Nil teus lindos olhos que à maré se entregam, sem saberes, me convidam pra ir navegar
Deixa ver, deixa ver em que mistério tão sutil mergulha o teu olhar
o ver de Nil é tão profundo rio de verde-anil quando te vejo meu mundo fica ver o mar

Jadiel Lima, 20 de junho, 2012, Maranguape

sábado, 9 de junho de 2012


"eu FALO, tu esCUtas"? Pois é, que jogo é esse? Onde um maltrata e o outro aguenta? onde uns escondem que omitem e mentem sem falar?
Como estamos construindo, dentro da universidade, as nossas relações pessoais e a visão que temos da Comunicação Social?

Vixe, muito mais perguntas que respostas nesse começo de vida!
Que tal conversarmos um pouco?

Roteiro de Jadiel Lima, músicas e poesias de Ray Lima, Junio Santos, Os Cangaias, Zé Cordeiro, Thalita Moura e Jadiel Lima.

domingo, 3 de junho de 2012

Quem só vai pro raso não aprofunda
E quem vai profundo demais afunda

Jadiel Lima

sábado, 2 de junho de 2012

É PROIBIDO NÃO FUMAR

É PROIBIDO NÃO FUMAR


Eu não curto esse ar condicionado da vida condicionada!
Eu não curto essa nuvem de fumaça,
Que pra mim é a preguiça de ir buscar as nuvens lá no céu!
Eu não curto curtir a curtição da vida curta, seja o quanto for in-tensa!
Eu prefiro ser o lerdo, o careta!
Eu prefiro os tropeços, meu desmantelo, a mancada
Nada de analgésico! Nada de sufocar a dor!
Que o desprazer é apenas parte do prazer de estar vivendo!


Chega de contras e favores!
Chega dos pavores!
Chega de desespero com a lentidão!
Não há tempo nem momento algum para nada!
Chega de férias!
A vida já é muita viagem
Por isso eu não curto, eu longo...


Jadiel Lima, hoje, Maranguape

domingo, 27 de maio de 2012

Nova criação: VIDEOCARTA MUSICADA

A videocarta musicada é uma criação minha e da Julia Cordeiro, uma amiga da Argentina. Já existia a videocarta comum, mas a videocarta musicada, até onde sei, é novinha =D 
Se alguém já tiver feito ou visto, avisem!
A ideia é improvisar uma carta, uma mensagem pra uma pessoa que mora perto ou longe através da música em um vídeo. Legals, né?


NÓS DOIS E A RAZÃO


terça-feira, 22 de maio de 2012

à Julia Cordeiro

La chica con pelo de cometa 


                      À Julia Cordeiro


Julia brotó en rosario
por eso ya vino flor

Un pétalo suyo se abría
por cada sonrisa que daba
y a la medida que crecía
aún más se coloreaba

Hasta que un día se desabrochó toda
y su pelo se volvió cometa
era la chica más matizada
de todo el planeta!

Ninguna flor, ni camaleón,
ni arara, ni mariposa
llenaba el mundo de emoción
como cuando la peinaba el viento su cabellera hermosa

Y sus fíos tendidos a la brisa
son el arcoíris en el azul celeste
danzando la canción de su sonrisa
_Está Julia volando con su pelo de barrilete!

Jadiel Lima, 8 de maio, Maranguape. A umas duas horas da manhã.

ME LEVA



ME LEVA

Tenho que parar de me esconder assim
Será que meu lugar é tão distante de mim?
perco a noção
nem sei sair dessa mesma rima

Quer dizer então que não dá pra viver em paz?
Não há mais qualquer saída além 
da que sempre me leva a uma mera disputa?
isso é só uma desculpa pra não querer perder...
o que?

O que te faz, amor, lembrar
quem fui, quem eu era não há mais
em que espelho se perdeu minha face?*
Faz pensar no que nos faz mudar
em pensamentos maus
o algo mais que eu tinha se perdeu

Mas não sei o que me leva a querer me livrar da culpa
Eu jogo xadrez sozinho e digo é sua vez
Mas não sei o que me leva a achar que é questão de culpa ou
simplesmente de me sentir bem ou mal

O que te faz, amor, lembrar
quem fui quem eu era não há mais
em que espelho se perdeu minha face?*
Faz pensar no que nos faz mudar
em pensamentos maus
o algo mais que eu tinha se perdeu


Jadiel Lima

*A música teve inspiração no poema "Retrato", da Cecília Meireles. E a frase, particularmente, eu ia colocar como estava no poema, só que 'ajustei' pra caber melhor no ritmo.

"RETRATO

Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
A minha face?*"

Cecília Meireles

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O NOVO




O NOVO

Nunca imaginei destino triste assim
O que se acredita acaba sendo
Então será tão forte o desacreditar
que traz a morte a nós ao que sonhamos?

Nunca imaginei um fim assim tão só
tão só se faz a guerra que encerra
em nossos coraçãos a vida
grita: Já não posso mais!

Nunca imaginei destino assim tão só
A vida é uma longa espera
pra ver se no final
O amor de nossa terra vai ficar em paz

Dentro de nós ainda há um lugar mais fundo
aonde ir buscar quem sabe o novo, o novo.


Jadiel Lima

domingo, 20 de maio de 2012

Não


Não

Estou todo tempo me negando
O pelo que tiro
A unha que corto
A pele que troco
As células que mato por invalidez

Nego meu cheiro, minha cor,
Meu sexo, meu calor
Nego até minhas erupções
Nego nesse poema mesmo as minhas negações

Nego-me no outro
Nego o afeto do outro em mim
Na porrada ou na ânsia dum desejo
Nego o sobejo, a nossa essência
Nego o nexo e a paciência
Minha fera com todos se estranha
querendo negar o ser

...Tirei o dedo do nariz,
porque tinha gente olhando.



Jadiel Lima, Maranguape, hoje, agorinha.

Rebelde sem casa

Rebelde sem casa
Nunca me vali de que “os fins justificam os meios”
Então será que os mamilos justificam os seios?
Acredito que para ser maquiado tem-se que ser maquiável
E pra maquiar? 
Devemos ser maquiavélicos?

Isso tudo que me ensinam que dizem ser lógico, mas nunca aprendo,

Ignoro quando posso, quando permitem ser verdadeiro
a minha liberdade vai até onde encontra a libertinagem de quem está em cima

A cada som disforme, que eu toco ou dou cotoco,

Simplificam meu dizer em rebeldia antipática
Experimento na pele tinturas e odores que me lançam
ou eu lanço sem perceber
Fico sempre o autor do peido

E acabo em lugar nenhum

Com a língua mordida
Mas não haverá quem diga e eu acredite
Que Ordem ou Progresso fica bonito
Cobrindo esse céu estrelado, azulado, infinito...




Jadiel Lima, Maranguape abril de 2012


sexta-feira, 18 de maio de 2012

ELES NEM SUSPEITAM



Eles nem suspeitam que tem alguém por tras de tudo!
fazendo com que eles façam o que eles fazem
fazendo eles de burros!

Eles nem suspeitam que um verme lhes consome a toda hora!
botando todo dia eles nessa agonia
deixando eles com fome!

Eles não querem acreditar que a verdade não se traduz apenas
do que se fala, diz e vê
na tela da TV, dos jornais e do cinema!

Eles nem suspeitam que o diabo se vestiu de anjo!
E tá fazendo muita maldade por aí
'inda faz cara de santo!
Eles nem suspeitam que o diabo se vestiu de anjo!
E tá tirando as coisas boas do ar
'inda faz cara de santo!
'inda faz cara de...


Jadiel Lima